A nova lei que cria ambientes livres de tabaco em algumas cidades do País visa defender a saúde, principalmente, das pessoas que não fumam, mas acabam obrigadas a inalar a fumaça do cigarro daquelas que fumam. O tabagismo passivo, fumo de segunda mão, tabagismo involuntário ou exposição à fumaça do tabaco ambiental são diferentes conceituações do mesmo fenômeno.

 

O fumo passivo é um grave problema de saúde pública. Já está comprovado que não existem níveis seguros de inalação da fumaça de cigarros. Já no início dos anos 60, importantes instituições de saúde, como o Royal College of Physicians de Londres e o Surgeon General dos Estados Unidos, divulgaram dados apontando a relação entre fumo passivo e câncer do pulmão. Com o avanço das comprovações científicas sobre os males para a saúde pública, em 1971, os Estados Unidos já aprovavam leis protetoras aos fumantes passivos.

 

No começo da década de 80 foi divulgado o célebre estudo de Hirayama, no Japão, que avaliava a incidência de câncer de pulmão em pessoas que nunca haviam fumado. Esse estudo pioneiro, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa do Centro Nacional de Câncer, avaliando mais de 100 mil mulheres, demonstrou que esposas de fumantes apresentavam incidência dobrada de câncer pulmonar, quando comparadas às mulheres casadas com não fumantes.

 

Mulheres

 

No começo da década de 80 foi divulgado o célebre estudo de Hirayama, no Japão, que avaliava a incidência de câncer de pulmão em pessoas que nunca haviam fumado. Esse estudo pioneiro, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa do Centro Nacional de Câncer, avaliando mais de 100 mil mulheres, demonstrou que esposas de fumantes apresentavam incidência dobrada de câncer pulmonar, quando comparadas às mulheres casadas com não fumantes.

 

Exposição de mulheres não fumantes ao fumo passivo, durante a gravidez, pode causar redução no crescimento fetal. Também existem evidências de que a exposição pós-natal de crianças ao fumo passivo contribui para o risco de síndrome de morte súbita infantil.

 

Quando a mulher fuma durante a gravidez, aumenta o risco de abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso e de mortes fetais.

 

Crianças

 

A criança pode ser um fumante passivo desde a vida intra-uterina se a mãe ou algum outro agregado da casa for consumidor de cigarro. Essas crianças, vivendo em ambiente poluído pelo tabaco, passam a sofrer vários tipos de prejuízos, porque são particularmente sensíveis à poluição atmosférica provocada pela fumaça do cigarro.

 

O bebê que respira a fumaça do cigarro apresenta um risco maior do que os bebês de mães que não fumam de desenvolver bronquite, pneumonia e infecções respiratórias em geral. Os filhos cujas mães fumam durante a gestação tem maiores riscos de prejuízos no desenvolvimento, que pode se refletir no rendimento escolar.

 

Doenças

 

Mortes por doenças do coração, bem como aquelas provocadas por doenças do pulmão e câncer da cavidade nasal, também têm sido associadas à exposição ao fumo passivo.

 

O tabagismo passivo é uma combinação complexa de mais de 4.700 substâncias químicas na forma de partículas e gases, incluindo irritantes e tóxicos sistêmicos tais como cianeto de hidrogênio, dióxido sulfúrico, monóxido de carbono, amônia, e formaldeído. A fumaça de segunda mão também contém carcinógenos e mutagênicos tais como arsênico, cromo, nitrosamidas e benzopireno, sendo que muitas dessas substâncias químicas são tóxicas reprodutivas, tais como a nicotina, cadmium e monóxido de carbono.

 

A fumaça do cigarro também é uma importante fonte de poluição do ar interno, causando efeitos imediatos em fumantes passivos e ativos, tais como irritação ocular e nasal, dor de cabeça, dor de garganta, vertigem, náusea, tosse e problemas respiratórios.

 

 

Mais informações sobre o cigarro

 

 

  • O cigarro, responsável por uma série de problemas de saúde, é fator determinante das duas maiores causas de morte por doença em todo o mundo: as doenças cardiovasculares e o câncer. Estudos recentes já apontaram 56 doenças relacionadas ao tabagismo.

 

  • Cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão, 30% dos demais tipos de câncer, 85% das doenças pulmonares obstrutivas crônicas, 45% das doenças coronarianas e 25% das doenças cérebros-vasculares são atribuídas ao consumo de tabaco.

 

  • A Organização Mundial da Saúde (OMS), entre outras instituições científicas e organizações não-governamentais, aponta o tabagismo como uma das mais graves doenças da era contemporânea, constituindo uma ameaça real e importante à saúde pública.

 

  • Atualmente existe no mundo cerca de 1,3 bilhão de fumantes, que consomem cerca de sete trilhões de unidades de cigarros/ano. O tabagismo é responsável pela morte de aproximadamente cinco milhões de pessoas por ano em todo o mundo, o que significa dizer uma morte a cada 6,6 segundos. O uso de tabaco foi a segunda maior causa de morte no mundo no ano 2000, sendo a causa de uma em cada dez mortes de adultos.

 

  • No Brasil, segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS, 200 mil vidas são perdidas prematuramente devido ao consumo do tabaco. A OMS prevê que nas próximas décadas o tabagismo matará mais do que a soma de mortes provocadas pela AIDS, acidentes de trânsito, alcoolismo, drogas ilegais, homicídios, suicídios e tuberculose; e que a epidemia tabagística estará bem mais avançada nos países pobres. Nesses casos, os recursos destinados à saúde tendem a ser insuficientes para suportar essa epidemia.

 

  • O tabagismo é uma doença causada pela dependência da nicotina, uma droga tão poderosa que vicia cerca de 80% dos indivíduos que a utilizam. Quanto maior é o número de cigarros fumados por dia e o tempo que se fuma, maior a possibilidade do aparecimento de doenças para as quais o tabaco é fator de risco. No entanto, mesmo um único cigarro por dia já é prejudicial à saúde.

 

  • Nas mulheres, a menopausa precoce é mais freqüente entre as fumantes. Estas, quando associam fumo com a pílula anticoncepcional, têm o risco aumentado de até 700% de sofrer infarto do coração e derrame cerebral. O tabagismo nas mulheres também aumenta o risco de contrair câncer do colo de útero e da mama, além de contribuir para o aparecimento precoce de rugas, ressecamento da pele e do cabelo, amarelamento dos dentes entre outros problemas.

 

  • No homem, o fumo provoca, além dos problemas já citados anteriormente, o envelhecimento precoce, a esclerose progressiva das artérias, inclusive das penianas. Portanto, reduz a capacidade erétil do pênis. Há evidências concretas de que nos homens fumantes é maior a freqüência de impotência sexual.

 

 

 

 

O tabagismo como problema de saúde pública mundial é uma guerra que já dura quase cinco séculos. Apesar disso, apenas na segunda metade do século XX as autoridades sanitárias do mundo todo iniciaram de fato uma campanha para banir o fumo da sociedade. No Brasil, maior ênfase nesta tendência pôde ser observada a partir da década de 1990, mas esforços vinham sendo esboçados desde há 30 anos.

Que o tabagismo ativo representa um agravo à saúde do indivíduo, isto está bem estabelecido na consciência de todos nós. Mas até que ponto sabemos realmente dos riscos envolvidos com o tabagismo passivo e à simples presença de fumaça de tabaco no ambiente?

Mais de 4.000 diferentes produtos químicos foram identificados na fumaça do cigarro e pelo menos 40 deles causam câncer. Nos EUA, cerca de 26% dos adultos são tabagistas e mais da metade das crianças com menos de 5 anos de idade vivem em lares com pelo menos um adulto fumante.

Aproximadamente 3.000 fumantes passivos morrem por câncer pulmonar anualmente (o risco de desenvolver câncer a partir da fumaça do tabaco, um poluente doméstico, é 100 vezes maior que o risco a partir de outros poluentes fora de casa). Por aqui, o problema apresenta proporções semelhantes, e as crianças são as principais prejudicadas: o tabagismo passivo causa irritação dos olhos e das vias aéreas superiores, prejudica a função pulmonar, aumenta tanto a freqüência como a severidade das crises de asma, resfriados, faringites, sinusites, rinites e outros problemas respiratórios crônicos.

A exposição à fumaça do tabaco também aumenta o número e a duração de infecções do ouvido (otites), valendo lembrar que as Otites são a causa mais comum de perda da audição na infância.

Em crianças com menos de 2 anos de idade, a exposição ambiental à fumaça do tabaco aumenta a probabilidade de bronquite e pneumonia, segundo estudo da Enviromental Protecion Agency (EUA), que mostrou que este tipo de poluição causa 150.000 a 300.000 infecções pulmonares a cada ano em crianças abaixo de 18 meses de idade, resultando em 15.000 hospitalizações/ano.

A exposição passiva à fumaça do tabaco é um risco real e imediato e precisa ser melhor divulgada. Manter-se vigilante quanto à poluição ambiental com cigarro e/ou aconselhar um amigo ou parente tabagista a parar de fumar não significa apenas demonstrar preocupação com a saúde do outro, mas com a própria – e, mais importante de tudo, com a de nossos filhos.

 

 

 

 

Há muito que se sabe que o fumo activo é prejudicial à saúde das crianças fumadoras. Segundo o Relatório do Surgeon General dos EUA de 2004, existem evidências suficientes para inferir uma relação causal entre fumo do tabaco e um desenvolvimento e função pulmonar diminuídas, sintomas respiratórios (tosse, expectoração, pieira e dispneia) e crises em doentes asmáticos, em crianças e adolescentes (U.S. Department of health and human Services, 2004).

Por outro lado, o relatório de 2006 revela que as crianças são particularmente vulneráveis aos efeitos adversos da exposição ao fumo passivo, provavelmente porque inspiram mais ar que os adultos em proporção com o tamanho e peso, e por outro lado, o corpo das crianças ainda se encontra em desenvolvimento (Hawamdeh., Kasasbeh e Ahmad, 2003).

No relatório de Surgeon General de 1984, pode ler-se que as crianças expostas ao fumo passivo têm um maior risco de síndrome de morte súbita, de infecções respiratórias, problemas de ouvidos e ataques de asma mais graves. A exposição ao fumo passivo (resultante na maioria dos casos do facto do pai/mãe fumarem em casa) causa sintomas respiratórios e atraso no crescimento pulmonar dos filhos. As crianças expostas ao fumo ambiental do tabaco apresentam mais infecções respiratórias das vias respiratórias inferiores e mais doenças respiratórias provocadas por vírus (ex: bronquiolites) que as crianças não expostas (Hawamdeh, Kasasbeh e Ahmad, 2003). Provavelmente, estes acontecimentos estão relacionados com o facto do seu sistema respiratório e imunitário ainda serem imaturos e estarem em desenvolvimento.

A asma brônquica representa a doença crónica mais frequente no internamento e no ambulatório hospitalar na criança, sendo razão importante de absentismo escolar, apresentando custos de saúde, directos e indirectos, muito elevados. Embora seja uma doença multifactorial, há estudo que demonstra que o fumo passivo causa novos casos de asma em crianças que nunca tinham tido esta doença. Também se demonstrou que as crianças com asma que estão expostas ao fumo passivo apresentam sintomas muito mais graves (Pargana, et al., 2003; Gaspar, 2004), usam mais medicação e faltam mais dias à escola em comparação com as crianças que não estão expostas ao fumo passivo.

A maior exposição ao fumo passivo ocorre durante a gestação, no recém-nascido e durante a primeira infância, altura em que tem efeitos mais prejudiciais no aparelho respiratório. Os principais responsáveis pela exposição tabágica na criança são os pais. As crianças estão expostas ao fumo do tabaco se a mãe é fumadora activa ou passiva durante a gravidez, ou se a criança vive com fumadores e está exposta a fumo passivo (Gaspar, 2004).

 

 

 

 

Há muito que se sabe que o fumo activo é prejudicial à saúde das crianças fumadoras. Segundo o Relatório do Surgeon General dos EUA de 2004, existem evidências suficientes para inferir uma relação causal entre fumo do tabaco e um desenvolvimento e função pulmonar diminuídas, sintomas respiratórios (tosse, expectoração, pieira e dispneia) e crises em doentes asmáticos, em crianças e adolescentes (U.S. Department of health and human Services, 2004).

Por outro lado, o relatório de 2006 revela que as crianças são particularmente vulneráveis aos efeitos adversos da exposição ao fumo passivo, provavelmente porque inspiram mais ar que os adultos em proporção com o tamanho e peso, e por outro lado, o corpo das crianças ainda se encontra em desenvolvimento (Hawamdeh., Kasasbeh e Ahmad, 2003).

No relatório de Surgeon General de 1984, pode ler-se que as crianças expostas ao fumo passivo têm um maior risco de síndrome de morte súbita, de infecções respiratórias, problemas de ouvidos e ataques de asma mais graves. A exposição ao fumo passivo (resultante na maioria dos casos do facto do pai/mãe fumarem em casa) causa sintomas respiratórios e atraso no crescimento pulmonar dos filhos. As crianças expostas ao fumo ambiental do tabaco apresentam mais infecções respiratórias das vias respiratórias inferiores e mais doenças respiratórias provocadas por vírus (ex: bronquiolites) que as crianças não expostas (Hawamdeh, Kasasbeh e Ahmad, 2003). Provavelmente, estes acontecimentos estão relacionados com o facto do seu sistema respiratório e imunitário ainda serem imaturos e estarem em desenvolvimento.

A asma brônquica representa a doença crónica mais frequente no internamento e no ambulatório hospitalar na criança, sendo razão importante de absentismo escolar, apresentando custos de saúde, directos e indirectos, muito elevados. Embora seja uma doença multifactorial, há estudo que demonstra que o fumo passivo causa novos casos de asma em crianças que nunca tinham tido esta doença. Também se demonstrou que as crianças com asma que estão expostas ao fumo passivo apresentam sintomas muito mais graves (Pargana, et al., 2003; Gaspar, 2004), usam mais medicação e faltam mais dias à escola em comparação com as crianças que não estão expostas ao fumo passivo.

A maior exposição ao fumo passivo ocorre durante a gestação, no recém-nascido e durante a primeira infância, altura em que tem efeitos mais prejudiciais no aparelho respiratório. Os principais responsáveis pela exposição tabágica na criança são os pais. As crianças estão expostas ao fumo do tabaco se a mãe é fumadora activa ou passiva durante a gravidez, ou se a criança vive com fumadores e está exposta a fumo passivo (Gaspar, 2004).

 

 

 

 

 

Segundo a Fundação Britânica para o Pulmão, 17 mil crianças por ano, com menos de cinco anos, recebem tratamentos médicos devido à exposição de fumaça de cigarro.

De acordo com Steve Ryan, diretor do Hospital Alder Hey, em Liverpool, muitas doenças como, por exemplo, a bronquite, asma e infecções nos ouvidos diminuiriam se os pais deixassem de fumar ou de expor seus filhos ao cigarro.

Segundo o diretor do hospital, 6% das crianças que passam pelo seu hospital precisam receber tratamento médico por causa do tabagismo dos pais.

Muitas crianças acabam sendo fumantes passivas devido aos pais que fumam perto delas.

Uma grande preocupação segundo o médico é o risco que as crianças correm quando os pais fumam dentro do carro, e elas ficam confinadas a fumaça concentrada.

Os pais fumantes tem que começar a levar a sério esse problema, pois não devem colocar a saúde das crianças em risco, visto que o cigarro não faz mal só a quem fuma, mas também aqueles que acabam ficando exposto a sua fumaça.