Secreção , espirros, obstrução e secreção nasal. Esse quadro é característico da rinite alérgica, um problema que atinge cerca de 30% das crianças e adolescente de todo país. O  estudo foi realizado pelo ISAAC (International Study of Asthma and Allergies in Childhood). Em crianças, a doença não irrita apenas o nariz, mas provoca uma inflamação sistêmica, como a sinusite ou asma. Existem também outras doenças relacionadas, como tosse crônica, dor de garganta, de ouvido ou conjuntivite, por exemplo.

 

A rinite alérgica é uma desordem sintomática do nariz originada dos chamados alérgenos que desencadeia em inflamação mucosa. Algumas substâncias irritantes como gases poluentes e perfumes também contribuem para agravar o quadro. Em crianças, diagnosticar o problema é um pouco mais complicado. “Nesse tipo de paciente, a omissão da doença é frequente, cujas crises são tratadas como infecções virais ou bacterianas, muitas vezes fazendo uso desnecessário de antibióticos. Por isso, é necessário ter em mente o conceito da situação para que o quadro seja imediatamente cuidado. ”, afirma o otorrinolaringologista Flávio Santos.

 

Não tratar da rinite alérgica na fase incial pode acarretar danos graves a saúde da criança, até o rendimento escolar é prejudicado por conta da má respiração. “A rinite alérgica pode prejudicar a qualidade de vida da crianca ,na medida em que  prejudica o sono, causando sua fragmentação e ocasionando roncos e respiração oral. Dessa forma, contribuem para o não desenvolvimento normal da criança”, explica o especialista.

 

A baixa umidade do ar, comum no período da seca, em especial nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, pode contribuir para alergias respiratórias. São necessários alguns cuidados neste período do ano para minimizar os efeitos da mudança de temperatura. “Beber muito líquido, pelo menos um copo de água de hora em hora, é fundamental. Manter uma alimentação saudável, evitar o uso excessivo de ventiladores e ar-condicionados, além de usar roupas apropriadas para o clima”, declara. Especialistas também recomendam evitar prática de exercícios físicos entre 9h e às 17h, além de banhos quentes e demorados.