Os ouvidos possuem importante função para o desenvolvimento da comunicação entre as pessoas. É fundamental, por isso, ficar atento à saúde do aparelho auditivo, a fim de evitar dor, perda de audição ou infecção nos ouvidos. Hoje iremos discutir uma doença chamada colesteatoma, caracterizada pelo acúmulo de massa epitelial dentro da orelha.

“O colesteatoma é uma afecção definida pela presença de massa epitelial no meato acústico externo ou na orelha média (esta última localização é bem mais comum).  Este acúmulo de massa epitelial gera infecção, que na maioria das vezes é acompanhada de otorréia (saída de secreção do ouvido). Além de infecção, o colesteatoma pode causar corrosão dos ossículos da orelha média (causando perda auditiva), do nervo facial e do labirinto, afetando o equilíbrio e a função dos músculos faciais nesses casos”, explica a otorrinolaringologista Mariana Santos.

A doença pode ser adquirida ou congênita. A forma adquirida pode ser decorrente de perfurações no tímpano, de infecções recorrentes ou não tratadas de forma correta ou de doenças da tuba auditiva (como ocorre com quem tem fenda palatina). Já a congênita é aquela que a pessoa já nasce com excesso epitelial na orelha média (por um erro na embriogênese).

“Entre os principais sintomas da doença, destacam-se a saída de secreção de odor fétido dos ouvidos e a sensação de pressão ou desconforto nos mesmos. Além disso, podem ocorrer vertigem, paralisia facial e até meningite. Ao sentir qualquer um desses sintomas é importante consultar o otorrinolaringologista para que seja feita uma avaliação adequada do caso”, disse a otorrinolaringologista Mariana Santos.

O diagnóstico do colesteatoma é feito por meio da otoscopia, exame que vai analisar o meato acústico externo e a membrana timpânica para constatar a presença da massa epitelial. Em alguns casos, pode ser necessária a realização de tomografia computadorizada para a confirmação diagnóstica. O tratamento normalmente é cirúrgico e o tipo de cirurgia é individualizada, a depender da localização e do tamanho do colesteatoma.