A tosse é um mecanismo reflexo que tem o objetivo de proteger os pulmões do efeito nocivo das bactérias, fungos, poeira, vírus e outras substâncias danosas. Existem duas categorias de tosse: aguda e crônica. A primeira dura poucos dias e a última perdura por mais de dois meses, além de ser a 5ª causa mais comum de assistência médica do mundo. O problema acarreta de 14 a 23% em adultos, não tabagistas. Caso o problema persista é recomendável procurar um especialista, pois as conseqüências podem ser irreparáveis.

As causas mais comuns da tosse aguda são resfriados, infecções das vias aéreas, sinusite, alergias, asma e pneumonia. Já cerca de 95% dos casos de tosse crônica são provocadas por gotejamento pós-nasal ou refluxo gastroesofágico, que é o retorno do ácido do estômago pelo esôfago, geralmente conhecido por “azia”.

Otorrinolaringologistas aconselham que não se deve tratar a tosse com xaropes. “Se a tosse resistir mais de duas semanas, a causa mais provável é a sinusite, que complicou o quadro. Por esse motivo, não é recomendável tratá-la com qualquer remido, pois quando o alívio cessar, a tosse voltará”, afirma Erick Barros.

Os bebes até um ano de idade não conseguem expelir as secreções que ficam acumuladas nas vias respiratórias. Por isso, os pais devem saber como posicionar a criança na hora de dormir para que a tosse noturna seja amenizada. “Colocar a criança em uma posição inclinada na hora do sono, dar bastante líquido, fazer inalações com soro e umedecer o nariz reduz o desconforto”, declara.

 

TIPOS DE TOSSE

– Tosse produtiva: com expectoração (embora a criança não a deite fora, mas a engula), com origem nos brônquios.

– Tosse irritativa: provocada por agressões à árvore respiratória. É uma tosse seca, repetida, e, muitas vezes, quase ladrada (tosse de cão).

– Tosse de origem alérgica: parecida com a anterior, mas acompanhada de olhos a lacrimejar, espirros e pieira.

– Tosse noturna: surge por acessos e corresponde ao deslizar das secreções dos adenóides para os brônquios.

Estas tosses têm origens e razões diferentes e, como tal, exigem atitudes e soluções diferentes, quase sempre sem problemas de maior. Mas a tosse também pode indicar situações graves, por exemplo, quando surge com sangue, quando é acompanhada por dificuldades respiratórias ou aceleração da respiração ou quando é crónica e com outros sintomas, como perda peso. Só o médico poderá avaliar a melhor forma de atuar.