sangramento nasal

O sangramento nasal, conhecido no meio médico como epistaxe, é um desconforto muitas vezes assustador e uma das urgências mais comuns na otorrinolaringologia. É importante destacar que há dois tipos de sangramentos nasais, o anterior e o posterior. Ocasionados pela ruptura de pequenos vasos que passam pela mucosa, podem ocorrer ou pelas narinas ou através do nariz pela boca.

 

IMG_3508 “As rupturas no septo nasal anterior representam o maior índice de ocorrência (90%). Este tipo de sangramento, apesar de ser o mais comum não apresenta tanta gravidade, pois as hemorragias ocorridas são mais fácies de controlar. Já os sangramentos posteriores são muitas vezes mais prolongados e difíceis de controlar e os pacientes tem maior probabilidade de internação hospitalar, pois podem ocorrer simultaneamente nas duas narinas e terem um fluxo de sangue para dentro da boca, necessitando de intervenções mais invasivas para o seu controle”, esclareceu o otorrino Paulo Rogério.

As principais causas de sangramentos nasais são divididas entre fatores locais (que levam a alterações diretamente na mucosa nasal como: deformidades anatômicas, inalação de produtos químicos, reação inflamatória por sinusite crônica, rinite alérgica, tumores intranasais, utilização spray nasal) e fatores sistêmicos (que alteram o funcionamento dos vasos como: drogas, intoxicação alcoólica, alergia, discrasia sanguínea, falência cardíaca, distúrbios vasculares).

De acordo com o médico, há ainda fatores predisponentes que aumentam a incidência desta doença em determinadas épocas do ano, “o tempo muito frio ou muito quente e com pouca umidade resseca a mucosa nasal, deixando-a mais suscetível às infecções e hemorragias”. O clima em que vivemos exige cuidado dobrado, o uso do umidificador de ar nos períodos de tempo seco é fundamental para evitar desidratação e ressecamento das narinas, “lavar o nariz com soro fisiológico também é uma medida preventiva”. Mas, para o medico, beber muita água e ter uma alimentação rica em frutas e verduras ainda são as medidas mais simples e eficazes para ter qualidade de vida nos meses mais quentes do ano.

Os atendimentos mais comuns em otorrinolaringologia são dores de garganta e dores de ouvido, porém, epistaxes requerem atendimentos de urgência e emergência, pois qualquer sangramento precisa ser controlado o mais rápido possível. É importante ter uma noção de primeiros socorros para lidar com esses casos. “O senso comum sempre orientou a inclinar a cabeça para traz e apertar as narinas até o sangramento estancar, esse é um erro que pode agravar a situação, pois o sangue pode escorrer pela faringe e parar no estômago ou nas vias aéreas”, alertou o médico Paulo Rogério.

Nesta situação, os médicos recomendam sentar-se ereto e inclinar levemente a cabeça para frente, usando o seu polegar e o dedo indicador para apertar o nariz e mantê-lo fechado. Respirar sempre pela boca. E continuar apertando por 10 a 15 minutos e não esperar mais que isso para procurar ajuda médica.