Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 10% da população mundial tem algum déficit auditivo. Já a chamada “surdez severa” incide em uma em cada mil pessoas nos países desenvolvidos e em quatro em cada mil nos países subdesenvolvidos. No Brasil, calcula-se que 15 milhões de homens e mulheres tenham algum tipo de perda auditiva e que 350 mil nada ouçam.

A surdez tem a sua classificação de acordo com a área do ouvido que apresenta a deficiência. Quando ela está relacionada a problemas do ouvido interno, cóclea, labirinto ou nervo auditivo (que transmite as informações geradas no ouvido até o cérebro), chama-se surdez neurossensorial. Normalmente é de difícil tratamento e possui intensidades variadas. Muitas vezes é total. Podem surgir por causas congênitas e hereditárias, ou em razão de doenças sistêmicas, drogas tóxicas para o ouvido, trauma acústico sonoro e envelhecimento.
O outro tipo é a surdez de condução do som do meio externo para o ouvido interno. Tudo o que obstrui a passagem do som, como as “rolhas” de cera e as otites (inflamações do ouvido), causa essa surdez, além de problemas na membrana timpânica nos ossinhos do ouvido que amplificam o som.

Os especialistas no assunto lembram que a surdez de condução pode ser tratada com medicamento ou cirurgia. Já a surdez neurossensorial dificilmente tem solução. Por isso, é necessário que se procure um especialista a qualquer sinal de perda de audição. Um diagnóstico precoce do problema pode impedir a progressão da surdez e, em casos raros, saná-la. Na presbiacusia (surdez do idoso), a perda de audição se deve ao desgaste provocado pelo envelhecimento. Nos casos em tratamento, a melhor opção para recuperar a audição é a prótese auditiva (aparelho de surdez). É fundamental ainda ressaltar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do problema auditivo, na infância, como forma de evitar que crianças tenham seu desenvolvimento afetado pela surdez.

FONTE: UOL