Espirro, tosse, coceira, congestão nasal, dor e até mesmo febre. Quem sofre com uma doença respiratória – seja ela duradoura ou momentânea – provavelmente se identificou com alguns destes sintomas. Entre os problemas mais comuns, estão as famosas “ites” (bronquite, rinite, sinusite e faringite) e também os casos de resfriado, asma, gripe e pneumonia, que podem piorar ou se disseminar de forma mais rápida a depender do ambiente em que se encontram.

Segundo o infectologista Antônio Bandeira, professor da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), a maior parte das infecções respiratórias é decorrente de vírus, como influenza, adenovírus e retrovírus, cuja principal forma de transmissão é o contato com objetos e locais infectados. Entretanto, ambientes sujos, com grande quantidade de poeira e movimentação frequente de pessoas podem facilitar a ocorrência destes males para a saúde.

Mesmo que a pessoa alérgica, por exemplo, mantenha a casa limpa para evitar os ácaros, fungos e bactérias, o ambiente de trabalho pode ser ideal para a proliferação destes agentes. “No ambiente de trabalho, temos outras situações que podem influenciar. Ambientes sujos possuem uma série de bolores, responsáveis frequentemente por problemas respiratórios, que podem ser confundidos com aqueles causados por vírus. Tem um fungo especial, o Aspergillus, que gosta muito de ficar nas frestas das portas e paredes e é capaz de causar estes problemas”, explica o infectologista.

Nem sempre aquele local que parece limpo está livre dos fungos, vírus e bactérias. Estantes muito altas, janelas, sofás e aparelhos de ar condicionado devem receber limpeza com maior frequência, para evitar acúmulo de poeira e proliferação dos agentes causadores das infecções respiratórias.

A jornalista Fernanda Dórea, que trabalha na área administrativa de uma empresa, é uma das vítimas dos problemas respiratórios. Segundo ela, há uma preocupação dos colegas em manter a sala limpa, o que não a impede de ter crises de rinite, sinusite e até asma.

“Costumo espirrar e sinto muita coceira no nariz, no ouvido e na garganta, além da irritação nos olhos. Os funcionários limpam toda hora e fazem manutenção no ar condicionado mas, ainda assim, sinto estas alergias e tenho que tomar remédio. Quando o quadro de rinite se agrava, evolui para sinusite e até para asma, principalmente neste tempo mais frio”, pontua ela.

Fonte: UOL