A automedicação é uma pratica muito condenada entre a classe médica, pois pode gerar danos graves à saúde. Sabendo disso muitas pessoas recorrem aos produtos naturais para fazer chás, achando que esse tipo de medicação alternativa por não ser industrializada não pode fazer nenhum mal. Mas, quando não utilizados com cautela, os produtos podem causar alterações sérias e até modificar a ação de outros remédios. De acordo com especialistas, a arnica, por exemplo, que serve como cicatrizante de hematomas tem a possibilidade de aumentar a pressão, ao invés de trazer benefícios.

Existem algumas ervas que potencializam o efeito dos medicamentos sintéticos, já outras. atrapalham o sua ação no organismo. Por isso os medicamentos chamados de “naturais” enfrentam ressalvas. É necessário aprender a distinguir “naturais” de “fitoterápicos”. Fitomedicamento é um remédio que tem como princípio ativo uma erva natural e cuja eficácia e segurança foram devidamente comprovadas. Esses medicamentos precisam ter uso autorizado pela Anvisa e registro no Ministério da Saúde. Para saber se o medicamento é autorizado, o cliente deve observar na embalagem se há o número de registro do laboratório, como nos alopáticos.

Apesar dos remédios naturais serem mais seguros que os alopáticos, já que contém uma dosagem inferior, isso não quer dizer que os efeitos não sejam adversos. “Não se pode exagerar, o que diferencia o remédio do veneno é a dose ingerida. Tudo que  feito das plantas tem componentes químicos, sendo necessário ressaltar que as conseqüências  são diferentes em cada pessoa. Uma dose para um indivíduo pode não fazer nada, em outro pode trazer grandes danos”, declara o otorrino Jean Guimarães.