Quem já teve amigdalite sabe o incômodo que a doença provoca na garganta. Além da dor, ela pode ser acompanhada de febre, rouquidão, mau hálito, dificuldade para engolir, obstrução nasal e até mesmo dor abdominal. Esses sinais aparecem quando as amígdalas, duas estruturas situadas na parte de trás da cavidade oral, ao lado da base da língua, estão inflamadas.

Segundo a otorrinolaringologista Mariana Santos, existem diversas causas de amigdalites e para cada uma delas existe um tipo de tratamento específico. “As causas mais comuns são as virais, bacterianas e caseosas. O tratamento geralmente é feito com medicamentos. No caso da viral, com anti-inflamatório; da bacteriana, com anti-inflamatório e antibiótico; da caseosa, com bochechos e remoção mecânica do caseum”, explicou a especialista.

Em casos recorrentes da doença, a médica indica ao paciente realizar a amigdalectomia, uma cirurgia para a retirada das amígdalas. Ela explica que o procedimento cirúrgico é uma opção para os casos em que a doença interfere na qualidade de vida do paciente e que o pós-operatório costuma ser rápido.

“Muitos pacientes tem amigdalites de repetição e por conta disso faltam muito o trabalho ou escola, além de sofrerem com mau hálito e com os efeitos colaterais decorrentes do uso frequente de remédios. Nestes casos, a amigdalectomia proporciona uma melhora significativa na qualidade de vida. Algumas pessoas acham que irão ficar com a “imunidade baixa” após a cirurgia, mas isso não ocorre. O procedimento é feito com anestesia geral e dura cerca de 1 hora. Os pontos cirúrgicos, quando necessários, não precisam ser removidos posteriormente, visto que são reabsorvíveis. É preciso, em geral, ficar apenas 24 horas no hospital. Após 1 semana, em média, o paciente consegue se alimentar normalmente”, explica Mariana Santos.

Ter uma alimentação balanceada, evitar contato com pessoas doentes, praticar atividade física regular e lavar as mãos são medidas importantes para prevenir amigdalites.